Liberdade sem limites
Filha de professores, Luiza Melo é uma jovem ao estilo rebelde, que consome bebidas e é integrante da banda Frame
Por Leandro Travassos
Uma praça onde se combinam esporte, bebida, cigarro. O ar é pesado. A fumaça que toma conta do ambiente é do cigarro Lucky Strike, que se tornou um símbolo da cultura norte-americana. Tem um cheiro forte. É dono de uma imagem de rebeldia.
Além da fumaça, o cheiro de bebida paira no ar, uma mistura de vinhos Palha-Canas, San Marinho e cerveja. É uma mistura comum para esses amigos, a maioria da classe média e menor de idade. No meio da fumaça está Luiza, estudante secundarista de 15 anos que mora no bairro Capim Macio.
Apesar da pouca idade, Luiza é alheia às limitações da adolescência. Na roda de amigos, começa a brincadeira do 21. Tal diversão consiste em cada componente do grupo falar um número em sequência. O componente que erra é obrigado a beber um gole de vinho. Troca o número por um nome. Dá-se nominações obscenas para que a memória registre com mais facilidade. Tudo isso é normal na vida dessa adolescente.
Ela é filha de Rachel, 34, que está cursando a quarta faculdade. O nascimento da primeira filha lhe trouxe muita alegria.
- Aprendi muitas lições de vida com minha filha, como a perseverança, a paciência e lutar por aquilo que se acredita. Crescemos juntas, fiquei grávida dela aos 19 anos. O pai foi embora quando tinha apenas 3 meses. Criei a pequena Luiza sozinha.
Luiza sempre foi criada com muita liberdade e com muito poder. A autonomia era tanta que confundia às vezes o seu papel de filha, trocando com o de mãe.
A jovem Rachel tinha que lembrá-la nesses momentos que quem mandava era ela, quem tinha poder de decisão também era ela, a mãe.
Quando seu pequeno irmão Davi nasceu, sentiu-se traída. Tinha medo de ser deixada de lado.
- Não dava atenção para ele. Tinha ciúmes. Como minha mãe trabalhava à tarde, eu tinha que cuidar dele. Aprendi a gostar do meu irmãozinho. Desde que nasceu, tocava violão para ele para acalmá-lo. Funcionava. Ele fica vidrado no instrumento e move suas mãozinhas como se quisesse tocar junto comigo. Ele tem apenas oito meses de idade.
O estudo, aparentemente, não é uma prioridade na sua vida. Apesar de sua mãe ser professora de língua portuguesa e seu pai, de biologia, Luiza deixa a desejar nesse campo. Rachel se arrepende de não priorizar e estimular essa área na vida da filha. Luiza divide suas ocupações entre os estudos, os ensaios da banda Frame, skate, o surf e a natação.
Desde os seis meses de idade, Luiza era estimulada por Rachel a nadar. Aprendeu na praia da Pipa em pleno mar. Sempre foi “louca” por água. Sua paixão pelo esporte chamou a atenção de seus professores que a colocaram para competir em vários campeonatos regionais e estaduais. Seu quarto é decorado com troféus. As competições lhe tomaram muito tempo, não podendo conciliar esporte e estudo. Chegou a ser reprovada na escola. Sempre estudou em instituições particulares. Nunca pagou por isso: aproveitou as bolsas de estudos que ganhava graças ao seu pai.
Quando perguntada sobre seu modo vida, ela responde:
- Sou uma garota normal como qualquer outra. Faço o que todo mundo faz. Não sou diferente de ninguém – responde com um cigarro na mão.
Além da fumaça, o cheiro de bebida paira no ar, uma mistura de vinhos Palha-Canas, San Marinho e cerveja. É uma mistura comum para esses amigos, a maioria da classe média e menor de idade. No meio da fumaça está Luiza, estudante secundarista de 15 anos que mora no bairro Capim Macio.
Apesar da pouca idade, Luiza é alheia às limitações da adolescência. Na roda de amigos, começa a brincadeira do 21. Tal diversão consiste em cada componente do grupo falar um número em sequência. O componente que erra é obrigado a beber um gole de vinho. Troca o número por um nome. Dá-se nominações obscenas para que a memória registre com mais facilidade. Tudo isso é normal na vida dessa adolescente.
Ela é filha de Rachel, 34, que está cursando a quarta faculdade. O nascimento da primeira filha lhe trouxe muita alegria.
- Aprendi muitas lições de vida com minha filha, como a perseverança, a paciência e lutar por aquilo que se acredita. Crescemos juntas, fiquei grávida dela aos 19 anos. O pai foi embora quando tinha apenas 3 meses. Criei a pequena Luiza sozinha.
Luiza sempre foi criada com muita liberdade e com muito poder. A autonomia era tanta que confundia às vezes o seu papel de filha, trocando com o de mãe.
A jovem Rachel tinha que lembrá-la nesses momentos que quem mandava era ela, quem tinha poder de decisão também era ela, a mãe.
Quando seu pequeno irmão Davi nasceu, sentiu-se traída. Tinha medo de ser deixada de lado.
- Não dava atenção para ele. Tinha ciúmes. Como minha mãe trabalhava à tarde, eu tinha que cuidar dele. Aprendi a gostar do meu irmãozinho. Desde que nasceu, tocava violão para ele para acalmá-lo. Funcionava. Ele fica vidrado no instrumento e move suas mãozinhas como se quisesse tocar junto comigo. Ele tem apenas oito meses de idade.
O estudo, aparentemente, não é uma prioridade na sua vida. Apesar de sua mãe ser professora de língua portuguesa e seu pai, de biologia, Luiza deixa a desejar nesse campo. Rachel se arrepende de não priorizar e estimular essa área na vida da filha. Luiza divide suas ocupações entre os estudos, os ensaios da banda Frame, skate, o surf e a natação.
Desde os seis meses de idade, Luiza era estimulada por Rachel a nadar. Aprendeu na praia da Pipa em pleno mar. Sempre foi “louca” por água. Sua paixão pelo esporte chamou a atenção de seus professores que a colocaram para competir em vários campeonatos regionais e estaduais. Seu quarto é decorado com troféus. As competições lhe tomaram muito tempo, não podendo conciliar esporte e estudo. Chegou a ser reprovada na escola. Sempre estudou em instituições particulares. Nunca pagou por isso: aproveitou as bolsas de estudos que ganhava graças ao seu pai.
Quando perguntada sobre seu modo vida, ela responde:
- Sou uma garota normal como qualquer outra. Faço o que todo mundo faz. Não sou diferente de ninguém – responde com um cigarro na mão.
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